Nas últimas duas semanas, NCIS apresentou episódios que
traziam consigo histórias interessantes. Seja por interferências na
investigação, ou pela volta de fantasmas do passado, ambos os episódios
trouxeram a mudança, assunto já discutido ao longo das reviews anteriores.
O que me chamou mais a atenção em ambos os episódios é a
maneira em que a mudança que começou com Gibbs começa a atingir ainda mais a
equipe. Porém volto a bater na mesma tecla: quero logo que a situação de Ellie
e Adorable Jake se resolva, e da melhor maneira possível, claro. Digo que é um
tema que vem se arrastando ao longo da temporada, porque é citado aqui e ali,
mas sempre com aquele ar de dúvida. Fico me perguntando: e a filha de Jimmy?
Gostaria muito de saber como anda a pequena Victoria. Ao invés disso, ficamos
na expectativa de saber o que anda acontecendo no perfeito relacionamento de
Bishop e Malloy.
“Please Gibbs, just fix this. You always fix things. Please,
fix this, too.” – Abigail Sciuto
Quanto ao primeiro episódio, 16 Years, a morte do Tenente
Comandante Runyan Hayes traz à tona a investigação de um assassinato que
colocou seu filho Michael em uma prisão para servir sentença de prisão
perpétua. O homem havia sido acusado de forma errônea, por um teste de
Comparação de Cabelos por Análise Microscópica, um teste que, atualmente, é
desacreditado. Quando isso foi apresentado à Gibbs e ele disse o nome do
Fornell, já fiquei esperando logo o Joe Spano. Mas, ao que tudo indica, só
daqui a alguns episódios teremos a ilustre presença de TC Fornell.
Voltando ao problema apresentado ao longo do episódio: o
teste havia sido feito por Abby. E, como todos sabemos, ela se sente
completamente culpada por qualquer coisa que ela possa ter feito e incriminado
alguém inocente. Porque essa é a Abby. De coração puro e bondade extrema.
Fiquei muito feliz com o fato de terem conseguido provar a inocência de
Michael. A cena do reencontro dele com a filha, e quando ele disse para a Abby
que ela era aquela que o havia tirado de lá, me deixaram em lágrimas.
A grande mudança desse episódio foi Ducky. Como já disse
diversas vezes anteriormente, adoro quando o foco do episódio fica em
personagens como Ducky, Abby, Jimmy e Vance. Claro, histórias que envolvem
Gibbs, Tony, McGee e Bishop tendem a ser boas, mas geralmente têm uma carga
dramática um pouco maior. Toda a história de fazer parte da "The Sherlock
Consortium for Investigation", um grupo de detetives amadores, deixou
Ducky ainda mais encantador. É claro que fiquei triste quando ele apresentou
todas as alternativas que encontrou para encontrar a pessoa certa para ele
(como vimos ao longo das temporadas, Ducky nunca teve muita sorte no amor,
diga-se de passagem), mas gostei muito de terem encaixado algo assim na
história do personagem, já que sempre imaginei o jovem Donald Mallard fazendo
parte de uma sociedade secreta. Outra coisa que achei muito fofa foi Ducky
dando sua vaga na equipe de Sherlocks para Jimmy. Não consigo me lembrar se já
foi citado algo sobre o pai de Palmer ao longo da série, mas vejo a relação
entre o médico legista e seu assistente como se fosse algo entre pai e filho. E
isso me deixa extremamente feliz.
P.S.: McGee e toda sua “You cannot spell manicure without
M-A-N.” recebendo apoio de Gibbs garantiu boas risadas, assim como DiNozzo se
machucando toda vez que mexia em alguma árvore.
“None of us is immune, Jethro. We're all running to or from
something at various times in our lives. But no matter your speed, the truth is
always just that bit faster.” – Donald Mallard
Confesso que estava um pouco ansiosa para assistir Saviors.
Desde que havia lido a sinopse e quem voltaria, fiquei curiosa para saber o
motivo e o que aconteceria. Uma espécie de abrigo em que alguns médicos do
International Doctors Group trabalhavam em Todu, uma pequena vila no sul do
Sudão, foi atacado, deixando algumas vítimas: três dos cinco médicos
voluntários, sendo uma das vítimas a Tenente Liz Cortland. Pouco antes de
morrer, a Tenente havia ligado para o Agente Especial Stan Burley, aquele que
trabalhou com Gibbs antes da chegada de DiNozzo, que entre em contato com Gibbs
e sua equipe, na esperança de encontrar os outros dois médicos desaparecidos: a
Ensign Joni Ryan e o Doutor David Woods, o líder da equipe.
O que ninguém esperava era que a esposa do Dr. Woods era a
Doutora Jeanne Woods, também conhecida como “Jeanne Benoit? Really?”. Esse
episódio foi um dos poucos em que realmente gostei da Jeanne. Sempre achei que
ela e Tony combinavam, mas nunca aceitei, pois atrapalharia Tiva. Porém devo
admitir que me surpreendi com o desenvolvimento da personagem. Tanto a Scottie
Thompson quanto o Michael Weatherly arrasaram no reencontro de Benoit e DiNozzo
após oito anos. Toda vez que Tony ia tentar falar com ela, queria logo que
Jeanne pelo menos o escutasse um pouco, ao invés de cortá-lo sempre. Acredito
que, com o episódio terminando daquele jeito, pode ser que haja espaço para uma
volta da agora Doutora Woods. Talvez em algum dia em que Zoe visite DiNozzo no
trabalho. Sim, adoro um conflito.
Outra mudança, porém perceptível apenas a aqueles que
acompanham a série e conhecem cada personagem muito bem, foi em Stan. Desde o
começo, quando ele falava sobre Liz com tanta vontade de pegar quem a havia
matado, já comecei a achar algo estranho. Poderia ela ser a tal noiva de alguns
anos atrás? Minha teoria caiu por terra quando o próprio Burley falou que
depois de ter terminado com a noiva, conheceu Liz. Acredito que, se os dois
tivessem juntos, seria muito pior, porque Stan teria sede de vingança, como
Fornell na temporada passada. Espero revê-lo ao longo da temporada. É um
personagem que gostei de cara.
É imprescindível falar o que aconteceu com Gibbs. Cedo ou
tarde ele iria perceber que voltou ao trabalho cedo demais. Stress é uma das
coisas mais complicadas de lidar no dia-a-dia, digo isso porque sei bem como é,
e o Boss prefere lidar ficando cada vez mais calado. Porém, como uma solução
mágica para todos os problemas, o Doutor Cyril Alan Harper Taft apareceu, mesmo
que para saber de notícias sobre a amiga desaparecida. Foi ótimo Gibbs ter tido
um ataque justo quando Taft estava lá. Ele precisava sim de uma boa bronca. Só
fiquei esperando depois desse novo ataque o antigo Gibbs de volta. Sinto falta
dele com o cabelo estilo militar.
“Life threw you a
major-league curve. You have a lot of support, but at the end of the day, when
your head hits the pillow, it's just you. Admitting at least that much might be
half the battle. Everybody's afraid of something. Even the great Leroy Jethro
Gibbs.” – Cyril Taft