O sangue de Mare Barrow é
vermelho, da mesma cor da população comum, mas sua habilidade de controlar a eletricidade
a torna tão poderosa quanto os membros da elite de sangue prateado. Depois que
essa revelação foi feita em rede nacional, Mare se transformou numa arma
perigosa que a corte real quer esconder e controlar.
Quando finalmente consegue
escapar do palácio, Mare descobre algo surpreendente: ela não era a única
vermelha com poderes. Agora, enquanto foge, a garota elétrica tenta encontrar e
recrutar outros sanguenovos como ela, para formar um exercito contra a nobreza
opressora. Essa é uma jornada perigosa, e Mare precisará tomar cuidado para não
se tornar exatamente o tipo de monstro que ela está tentando deter.
Segurem os forninhos, que aí vem
bomba! Que livro cheio de reviravoltas! Nossa!
Todo mundo lembra onde Rainha
Vermelha terminou né? Pois é, esse livro pega bem daí: Mare fugindo com a
Guarda Escarlate, levando o Cal como prisioneiro, Shade, Farley e o
Kilorn. Só que como nada nessa vida de fugitivo é fácil, principalmente com
dois procurados para uma morte dolorosa nas mãos do Maven, eles desabam em uma
armadilha num desses locais seguros da Guarda. Okay que todo mundo saiu ileso,
mas dá uma agonia e uma vontade de dar só na cara do Maven, porque aquele garoto de
antes da traição, ou se perdeu, ou está muito bem guardado para Elara não
perceber, ou nunca realmente sequer existiu.
Falando dos personagens: eu não
suporto o Kilorn, não sei porquê. Eu não consigo gostar dele, não confio mas é de
jeito nenhum e, para mim, ele já deveria ter morrido. Eu não suporto mais o
Maven: ele está parecendo uma criança psicopata que não tem mais o brinquedo
preferido porque o irmão quebrou e não quer deixar o irmão mais velho com os
brinquedos, e por isso está perseguindo o Cal e a Mare. Eu sei que tem a mente
da Elara por trás, mas sei que também metade ai é o Maven. Sobre a Mare: nada
contra, eu não senti raiva dela no segundo, já que ela está no meio de uma
guerra sem saber pra onde ir, o que fazer e, mais do que nunca, se sentindo miserável
por não se achar líder o suficiente.
Além do que: tem a família dela
no meio né. E pegando o gancho da família: assim que o pessoal chega na ilha,
acho que posso chamar de uma das bases centrais da Guarda, a família da Mare
graças a Deus está a salvo. Mas Cal é mandando pra prisão, claramente, enquanto
a lista dos sanguenovos é completamente ignorada pelos superiores em comando (que
não engulo também), já que o que está em comando na ilha morre de medo de coisas
diferentes (senti uma crítica aqui, e adorei). Enfim, a base de muito planejamento, e, após a prisão da Mare, junto com a Farley e o Cal (a qual foi tudo fingido), eles
escapam, para ir atrás dos vermelhos com poderes. E é ai que a historia
realmente começa.
Eles começam a recrutar os novos
sangues, para assim tanto protegê-los da rainha louca, quanto para fazê-los
lutar pelos próprios direitos e proteger os outros vermelhos. E nessa coisa de
procurar, treinar e ajudar os novos sangues rola tiro, porrada e bomba. Porque
Maven acha eles em uma das cidades, tortura a Mare, ela passa quatro dias em
coma, e todo tipo de batalha várias vezes. E enquanto rola tudo isso, ainda
existe espaço para a chatice do Kilorn, da auto flagelação da Mare e do Cal,
contra o que eles sentem um pelo outro e pela eterna desconfiança da Mare com
tudo (eu não discordo, mas isso foi a minha única chateação com ela).
Outra coisa que gostei foi dos
poderes apresentados pelos novos sangues, são muito legais. Tem de tudo um
pouco: gente que distorce a gravidade, podendo voar; que muda aparência; que
não sente dor; que é indestrutível; que é um computador ambulante; e, nesse último, eu juro que não estou mentindo, pois a menina não esquece nada do que já
aprendeu lendo, ouvindo ou com a família de prateados que ela trabalhava. Ou
seja: ela é extremamente útil para qualquer tipo de conhecimento, desde a
pilotar um avião, que ela aprendeu em minutos a fazer só observando o Cal
pilotar o jato que eles roubaram, quanto para invasões, ao ter lido todos os
livros da biblioteca em alguns meses das cidades que ela visitava com a família
prateada que a empregava.
E uma das últimas novos sangues
salvas: ela tem o dom de desligar tanto o poder de outra pessoa, quanto a própria
pessoa, e ela jogou umas verdades na cara da Mare, que ainda estou aplaudindo. A Mare está se tornando aquilo que mais abomina? Proteger uns, deixar os outros à própria sorte para seguir um ideal, onde só os que tem poderes merecem a segunda chance? Ou ela está realmente tentando salvar a todos, mesmo que, infelizmente, tenha que rolar sangue nesse processo?
E foi
um pouco antes dessa menina ser pega, que eles descobriram que os sanguenovos
que a Mare e o resto não tinham salvos, ou estavam mortos ou estavam numa
prisão construída para eles e prateados que estavam contra o atual governo, e
que eles queriam resgatar.
Enfim, como tudo isso vocês
percebem que eu gostei do segundo livro né? Cheio de ação, de loucuras,
reviravoltas, tiros, porradas e bomba. Serio mesmo, a autora conseguiu melhorar
o ritmo de escrita, e melhorar no geral. Os plot twist, a maioria dos
personagens, os detalhes, as traições (esse final foi de lascar, cadê o 3?!?),
tudo, me fez ficar presa totalmente!
AUTOR(A): Victoria Aveyard
PÁGINAS: 496
EDITORA: Seguinte
LANÇAMENTO: 2016