Muitas
pontas soltas que precisam ser atadas. Nesse episódio de Frequency – que foi
muito bom por sinal – muitas coisas foram jogadas para os telespectadores,
muitas revelações e muitas coisas novas. Um episódio focado no assassino de
rouxinol e muitas explicações sobre ele. Não acredito que o assassino é o Goff,
acho que os roteiristas não revelariam a identidade dele tão rápido assim,
seria até uma burrice de uma escala muito grande. Talvez seja mais uma peça
pregada pelo fato da Raimy ter salvo o seu pai, quem sabe?
Falando
em Raimy, fiquei com muitas dúvidas do motivo dela não ter falado com sua mãe
quando teve oportunidade, talvez se ela tivesse avisado à sua mãe quando as duas
estavam se comunicando pelo rádio, sua mãe estaria viva e Raimy não teria
somente o Gordo em sua vida. Não sei aonde a produção está levando a gente, mas
pelo fato de Raimy poder mudar totalmente a linha do tempo, estamos quase
sempre no escuro.
O
paralelo do tempo passado vs tempo
presente que Frequency cria é muito bom e sempre quando estamos no passado
percebemos, nem que seja por um detalhe, que ali é o passado e não mais o
presente. E se teve uma coisa que me chamou atenção nesse episódio foi quando
Raimy foi a casa do Goff e viu que, na verdade, ele nunca morou ali, e a série
meio que te obriga a ficar ligado, caso contrário você se perde total.
A
relação da Raimy do futuro com o seu pai é algo muito bem criado e eu gosto
muito de ver quando os dois estão juntos em cena e não importa como, os dois
estão sempre se ajudando. Quando sua mãe decide falar com ela, eu fico pensando
o motivo dela não ter correspondido e penso o que poderia ter acontecido com a
linha do tempo se caso Raimy salvasse a sua mãe, tudo estaria do jeito que
deveria ou tudo voltaria o normal?
Nesse episódio, a produção mostrou o lado da família e a cena do
jantar foi a coisa mais bonitinha que eu vi o episódio inteiro. A ligação que
os três tinham antes de tudo acontecer era muito bonita e como falei na primeira
impressão, as escolhas de Frank refletem na pessoa que ele escolheu ser e
infelizmente ele escolheu colocar a família de lado e seguir a sua profissão.
Penso que, se Frank tivesse escolhido ficar com sua família, muito provavelmente
os eventos que estão acontecendo hoje não teriam acontecido e tudo estaria do
jeito que deveria estar. Talvez a escolha do Frank realmente não foi a certa,
escolheu o seu trabalho e ficou sem sua família e ele ainda não denuncia a
corrupção que acontece dentro do seu trabalho. Nem sempre as escolhas que
fazemos é a melhor e com certeza a de deixar não fazer a polícia pagar pelo que
fez a ele foi a escolha errada.
Foi
um episódio muito bem feito, apesar de ter enrolado um pouco no começo, tudo
ocorreu de um jeito muito natural, espero que todas as pontas e todas as
dúvidas criadas durante esses 40 minutos sejam muito bem resolvidas.